sábado, 23 de julho de 2016

Parlendas

Quem não ouviu e cantou parlendas quando criança? As parlendas fazem parte da cultura e das tradições de um povo. Elas podem sofrer variações culturais em determinadas palavras, mas o ritmo e a musicalidade permanecem. Essas alterações ocorrem por serem versos transmitidos de geração para geração, de forma verbal.

O que são parlendas?

Parlendas são versos falados ou cantados pelas crianças, com ou sem rima, com ritmo e muita musicalidade. As parlendas pertencem às culturas e tradições de um povo, que com muita criatividade criam versos em forma de cantigas de cunho infantil. Os temas são os mais variados e curiosos, estão sempre próximo da realidade dos pequenos. Os versos são interpretados pelas crianças com muito ritmo, muita alegria e muita imaginação.


                    



Cecília Meirelles e a poesia infantil

                              
Para Cecília Meireles, a leitura na infância não era um “passatempo” e sim uma “nutrição”
A literatura oral, também, era importante na cultura dos povos e devia ser valorizada. Ela havia estado presente antes da origem de todos os livros, em momentos em que uma mãe cantava para o filho dormir, nas estórias em que os avós contavam para os netos, nas estórias dos contadores de histórias entre outros. A literatura escrita presente nos livros possibilitava um convívio cultural entre os povos no mundo e um aproximamento de tempos históricos 
 A leitura, no caso o conto, é, na perspectiva de Cecília Meireles, também uma leitura importante para aprendizagem de conhecimentos e culturas, devia ser realizada com mais frequências pelas crianças.

Poesia é brincar com as palavras

                          
O trabalho com poesia infantil é importante, pois a criança aprende brincando com a linguagem.  Na poesia o prazer  da leitura  encantará a leitor, no caso a criança. José Paulo Paes em
 “Poesia é... brincar com as palavras...” Nos dá a ideia dessa importância

 Poesia é... brincar com as palavras  
como se brinca com bola,  
papagaio, pião. 
Só que bola, papagaio, pião 
de tanto brincar se gastam. 
As palavras não: 
Quanto mais se brinca com elas,  
mais novas ficam. 
Como a água do rio  
que é água sempre nova. 
Como cada dia que é sempre um novo dia.
Vamos brincar de poesia?

 Com uma linguagem  emotiva, a poesia toca as crianças sensivelmente, uma vez que estes têm uma forma diferente do adulto de ver e sentir o mundo. Na poesia, podemos encontrar uma infinidade de assuntos e temas utilizados pelos mais diferentes autores para trabalhar e sensibilizar o pequeninos.
"A escola é um espaço privilégiado para mudar os valores das pessoas, reduzir o preconceito. Afinal, ninguém nasce racista, torna-se. E a educação pode contribuir para isso porque ela significa não só a transmissão de conhecimento, mas repensar valores e mudar o que for preciso. É disso que precisamos",

    Alguns títulos como sugestões de livros infanto-juvenis que podem ser compartilhados tanto na educação infantil e no ensino fundamental
 
                                                                                              
            
                
https://pretassimoa.wordpress.com/2014/11/25/12-livros-infantis-para-trabalhar-relacoes-raciais-na-escola/


A literatura infantil vem para nos auxiliar nesse nessa empreitada.
Com o intuito de fortalecer o debate sobre alguns temas que constituem verdadeiros dilemas para professores, mães e pais diante das discriminações sofridas por crianças negras de diferentes idades em seu cotidiano escolar,
"Tratar o assunto de forma natural nas escolas ajuda a formar cidadãos consciente"                                                                                                        Elaine Souza*



Professores mais preparados


Professores mais preparados 
Pelo menos uma proposta é comum a  todos os grupos, independentemente do que representam: é preciso formar professores preparados para trabalhar com a questão da diversidade em sala de aula. Na educação especial, uma das propostas é a presença de professores auxiliares e intérpretes de libras nas salas de aula. No campo, a demanda é por docentes preparados para trabalhar em classes multisseriadas, modelo mais comum de organização das escolas rurais. Na educação indígena, a reivindicação é por uma formação inicial que garanta a utilização das línguas indígenas como línguas de transmissão de conhecimento, e não como simples mecanismo de tradução. 
"A formação é um problema geral, faz pouco tempo que a educação brasileira começou a dar importância a essas diferenças. Já há uma certa tradição em alguns setores, como na educação indígena e do campo, mas a questão étnico-racial, por exemplo, não tinha espaço até a aprovação da lei 10.639 [ que obriga o ensino da cultura e história afro-brasileira na educação básica ]", defende Nascimento, professor da UFPA.
Revista Educação
                               

Inclusão Escolar

Em cinco anos dobrou o número de alunos com deficiência matriculados nas escolas regulares do país. A inclusão deve continuar a crescer e as redes precisam estar prontas para receber bem esses estudantes com ações que vão da melhoria dos espaços físicos à mobilização da comunidade escolar


"Quanto mais recursos a escola oferecer, menos limites as crianças terão."

E esse é o grande X da questão... Que recurso essas crianças estão recebendo? Que capacitação nossos professores tem para trabalhar com essas crianças? O espaço escolar esta propício, adaptado e capacitado para o atendimento dessas crianças?

Para o atendimento completo, a escola deve oferecer todas as condições a fim de que o aprendizado seja efetivo. A principal ferramenta para isso é o Atendimento Educacional Especializado (AEE), que é considerado uma outra matrícula - recebendo recursos à parte do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) - e acontece no contraturno da classe regular.
O AEE deve se articular à proposta pedagógica do ensino comum, utilizando as salas de recursos multifuncionais para organização de materiais que eliminem barreiras. 
                           

Brincar, não perder tempo...

                  
Carlos Drummond nos ajudando a pensar e repensar sobre a prática do brincar.
Vamos ganhar mais tempo com nossas crianças, e ganha-las, pois estão cada vez mais longe de nos e de nossas práticas.

Apenas Brincando...

"Quando me virem a montar blocos
A construir casas, prédios, cidades
Não digam que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender sobre o equilíbrio e as formas
Um dia, posso vir a ser engenheiro ou arquiteto.

Quando me virem a fantasiar
A fazer comidinha, a cuidar das bonecas
Não pensem que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a cuidar de mim e dos outros
Um dia, posso vir a ser mãe ou pai.


Quando me virem coberto de tinta
Ou a pintar, ou a esculpir e a moldar barro
Não digam que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a expressar-me e a criar
Um dia, posso vir a ser artista ou inventor.

Quando me virem sentado
A ler para uma plateia imaginária
Não riam e achem que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a comunicar e a interpretar
Um dia, posso vir a ser professor ou ator.

Quando me virem à procura de insetos no mato
Ou a encher os meus bolsos com bugigangas
Não achem que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a prestar atenção e a explorar
Um dia, posso vir a ser cientista.

Quando me virem mergulhado num puzzle
Ou nalgum jogo da escola
Não pensem que perco tempo a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a resolver problemas e a concentrar-me
Um dia posso vir a ser empresário.

Quando me virem a cozinhar e a provar comida
Não achem, porque estou a gostar, que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a seguir as instruções e a descobrir as diferenças
Um dia, posso vir a ser Chefe.

Quando me virem a pular, a saltar a correr e a movimentar-me
Não digam que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender como funciona o meu corpo
Um dia posso vir a ser médico, enfermeiro ou atleta.

Quando me perguntarem o que fiz hoje na escola
E eu disser que brinquei
Não me entendam mal
Porque a brincar, estou a aprender.
A aprender a trabalhar com prazer e eficiência
Estou a preparar-me para o futuro.
Hoje, sou criança e o meu trabalho é brincar."
                                                                  (Anita Wadley)

Projeto de Aprendizagem


Artistas da cidadania

Escola usa arte para motivar os alunos e envolver comunidade em campanha pela paz

Com a alta da violência, uma escola na favela do Rio, usa arte para motivar seus alunos e sensibilizar a comunidade.
A professora pediu que os alunos pintassem o muro da escola com desenhos inspirados no tema paz. Como na favela tem alto índice de violência, a professora trabalhou medos,lembranças, aflições da garotada.
O exercício serviu para que cada um aprendesse e exteriorizasse seus sentimentos, com cartazes coloridos e duas mil flore de papel. Foi organizada uma marcha pelas ruas do bairro. As flores foram entregue para pessoas durante o trajeto. 
O trabalho rendeu resultados concretos " uma sensível redução da violência no ambiente escolar.
Revista Nossa Escola

Projeto de aprendizagem

Projeto de aprendizagem No ensino, via de regra, tudo parte das decisões do professor e fica ao seu controle. Ao estudante não é dado chance de qualquer escolha. No projeto de aprendizagem tudo parte do interesse do aluno, eles que trarão o assunto conforme suas curiosidades, suas dúvidas. Uma metodologia com projeto de aprendizagem pressupõe que os alunos em conjunto busquem as respostas mediados pelo professor. O professor nesse contexto será tão aprendiz quanto seus alunos. É um desafio, que vai desacomodar o professor.
              

sexta-feira, 22 de julho de 2016

A língua dos sinais

A linguagem é considerada a primeira forma de socialização da criança com o mundo que a cerca, pois é seu instrumento de comunicação. Para o surdo a linguagem de sinais é sua língua. “A educação de surdos está marcada por estas tentativas normalizadoras desde o momento em que a língua de sinais foi proibida no século XIX, e hoje, mesmo diante da força dos movimentos surdos para que a língua seja respeitada, há uma aceitação sutil desta língua (Pontin,2014).Ou seja, ela ainda é vista como inferior a linguagem oral. A linguagem de sinais facilita a comunicação e socialização nas comunidades surdas, a aquisição dessa linguagem facilitará a integração do surdo ao meio onde vive.
A linguagem de sinais deveria também ser ensinada na escola para que todos aprendessem a se comunicar com o surdo onde quer que ele esteja, quer seja na escola  ,no trabalho, etc. A aquisição dessa linguagem pelos ouvintes seria o domínio de uma outra língua, fazendo-os desenvolver um novo olhar sobre os deficientes auditivos e promovendo assim a inclusão de todos.

domingo, 10 de julho de 2016

Brincar e aprender são duas coisas sem dissociação

Preocupados com o aperfeiçoamento técnico e o desenvolvimento dos filhos, os pais acabam enchendo as crianças de tarefas extracurriculares como aulas de natação, de línguas estrangeiras, balé e judô etc... , sem saber que a atividade mais completa para elas é o simples ato de brincar. O brincar é importante para a criança porque, além de desenvolver os aspectos físico, mental e emocional, é assim que ela aprende a ser adulta.“Quando se tira da criança o tempo de brincar, se tira a oportunidade de ela aprender a perder, a ganhar sem que isso seja a coisa mais importante do mundo”.diz Maria Cristina Pires coordenadora da brinquedoteca Clube da Brincadeira da Escola Anjo da Guarda, em Curitiba.
Agora eu era o herói E o meu cavalo só falava inglês A noiva do caubói era você além das Outras três Eu enfrentava os batalhões, Os alemães e seus canhões Guardava o meu bodoque e ensaiava o Rock para as matinês (João e Maria – Chico Buarque)
Brincando, a criança pode a inverter a ordem, virar o mundo de cabeça para baixo fazer o que parece impossível. Pode ser policia ou ladrão, soldado e capitão. É por meio deste ato que a criança pode reproduzir o seu cotidiano, num mundo de fantasia e imaginação.